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Roberto Matheus Santos Serra
Rainha da Paz enversão ou não!

Juízo sobre Medjugorje?

este autor emitiu sua opinião a respeito da redução do Padre Tomislav Vlasic ao estado laical, o principal promotor das suspostas aparições de Medjugorje e diretor espiritual dos seis videntes por muito tempo, acusado pelo Bispo Pavao Zanic na época de ser o “criador” destas aparições. Para mim, o decreto de redução ao estado laical foi quase que praticamente uma condenação das ditas aparições, ainda que eu reconheça que, objetivamente falando, não foi uma condenação das aparições, mas somente do Padre Vlasic.

Em que, contudo, baseio minha opinião de que esta redução incide, na prática, sobre as tais aparições em Medjugorje? Nos precedentes.

Os Bispos da antiga Iugoslávia já haviam concluído sobre a falsidade das aparições – não é um juízo definitivo da Igreja, mas um juízo de peso, por se tratar da Conferência Episcopal diretamente envolvida no episódio – e a Congregação para a Doutrina da Fé não conseguiu ainda, apesar dos esforços, encontrar veracidade nas aparições. O então Cardeal Joseph Ratzinger já as proscrevera.

E no Decreto pelo qual o Padre Vlasic fora reduzido ao estado laical, o Padre fora responsabilizado por “conduta nociva à comunhão eclesial na esfera doutrinal” e duas de suas penas foram, justamente, “absoluta proibição de exercer qualquer forma de apostolado (por exemplo, promover devoções públicas ou privadas [...])” e “absoluta proibição de publicar declarações sobre matérias religiosas, especialmente a respeito do ‘fenômeno de Medjugorje’”. Ora, se o Padre Vlasic foi proibido de promover devoções públicas ou privadas, é porque há algo de errado com as devoções que ele promovia. E quais eram estas devoções que ele promovia e que está agora proibido? As de Medjugorje, sobre as quais o Padre Vlasic também foi proibido de pronunciar-se.

Encaixando as peças, portanto, este autor inferiu – e, saliento, é uma opinião pessoal sua – que a condenação do Padre Vlasic recai, por via indireta, também sobre Medjugorje.

Agora saiu uma notícia em Zenit, onde o Procurador Geral dos Franciscanos declara que esta condenação do Padre Vlasic não é um juízo sobre Medjugorje:

A aceitação por parte de Bento XVI da perda do estado clerical do Pe. Tomislav Vlasic não constitui um juízo sobre os testemunhos de aparições de Maria em Medjugorje, declara o procurador geral da Ordem dos Irmãos Menores (Franciscanos).

O Pe. Francesco Bravi informou nesta quarta-feira a ZENIT que a medida não foi imposta pela Santa Sé, mas aconteceu em resposta ao pedido apresentado pelo até agora sacerdote franciscano de ser dispensado não só do celibato sacerdotal, mas também dos votos religiosos.

“Ele o pediu”, explica Pe. Bravi, sublinhando que, ainda que seja verdade que Vlasic era vice-pároco de Medjugorje quando aconteceram os primeiros testemunhos destas aparições, que estão sendo analisadas pela Santa Sé, viveu mais de duas décadas na Itália.

Ora, segundo a afirmação do Procurador Geral dos Franciscanos, a redução ao estado laical imposta a Vlasic seria somente uma resposta a um seu pedido e não emite juízo sobre Medjugorje. Ora, objetivamente, sabemos que não há um juízo sobre Medjugorje – a não ser o dos Bispos da Iugoslávia, já citado; a Congregação para a Doutrina da Fé falhou em todas as vezes que se debruçou sobre o suposto fenômeno das aparições. Mas é como dissemos: os precedentes, somados às penas bem específicas impostas ao Pe. Vlasic, não dão pistas para formarmos uma opinião…

Não obstante, a mesma notícia de Zenit relata que o Padre Vlasic pediu esta redução por não aceitar a dispensa das obrigações sacerdotais impostas por um outro Decreto, da Congregação para a Doutrina da Fé, de 25 de Janeiro de 2008, assinado pelo seu Prefeito, Cardeal William Joseph Levada, e seu secretário, Dom Angelo Amato. Dom Ratko Peric, bispo de Mostar-Duvno, Diocese de Medjugorje, divulgou este decreto; e nele, qual era o motivo enunciado para condenar-se o Padre Vlasic?

“por difusão de doutrina duvidosa, manipulação de consciências, misticismo suspeito, desobediência a ordens legítimas e cargos contra sextum” (ou seja, contra o sexto mandamento), transcreve a notícia de Zenit.

Portanto, no decreto da Congregação para a Doutrina da Fé, o Padre Vlasic também fora condenado por “difusão de doutrina duvidosa, manipulação de consciências, misticismo suspeito”. E quais eram as devoções e doutrinas que o Padre Vlasic difundia, que o decreto diz serem “duvidosas”, “manipulação”, “supeitas”? As de Medjugorje e as supostas mensagens de suas aparições.

Juntemos as peças e retiremos conclusões.

Mas, saliento novamente, isto é apenas opinião pessoal deste autor. Quqalquer um está livre para discordar, dado que a Igreja não se manifestou de forma objetiva a respeito (apenas nos dá pistas indiretas de sua opinião em formação…). Ademais, revelações particulares, por não fazerem parte do depósito da fé, não são de adesão obrigatória ao fiel.

 

Agora veja o que verdadeiramente foi ditor por Eclesias!As diretrizes oficiais da Santa Sé sobre Medjugorje
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Diretrizes aprovadas pelo papa Bento XVI

As diretrizes oficiais da Santa Sé sobre Medjugorje

No ano passado (2009) afluíram na famosa paróquia da Herzegovina 2 milhões de peregrinos de toda a parte do mundo, dos quais 600.000 italianos e cerca de 35.000 sacerdotes.

É importante, do ponto de vista pastoral, que os peregrinos conheçam as diretrizes da Santa Sé sobre este acontecimento, de gente àquelas posições contrárias são consideradas apenas como opiniões pessoais.

A posição da Santa Sé, expressa em vários documentos disponíveis no site www.radiomaria.it na área Medjugorje-Documenti foi recentemente sintetizada por Sua Eminência, o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado em seu livro "L´ultima vegggente do Fatima" - Editora Rai-Rizzoli - páginas 103-107, Sua Santidade Bento XVI confirma e valida o livro escrevendo pessoalmente o prefácio do livro.

No livro citado, o Cardeal Bertone afirma:

1. "As declarações do Bispo de Mostar refletem sua opinião pessoal e não são um juízo definitivo da Igreja."

Esta declaração faz cair por terra todos àqueles que se baseiam nas declarações do Bispo de Mostar para atacar Medjugorje em nome da Igreja.

2. "Tudo retorna à declaração dos bispos da ex-Iugoslávia em Zara, em abril de 1991, que deixa a porta aberta a futuras investigações. A verificação deve, por isto, ir em frente."

A Santa Sé não acolheu o juízo da comissão do bispo de Mostar e decidiu confiar o caso para a Conferência Episcopal da ex-Iugoslávia. Esta conferência deixou a porta aberta aberta a futuros questionamentos. Não é verdade que a Conferência Episcopal da ex-Iugoslávia tenha expresso um juízo negativo.

3. "Neste meio tempo são permitidas as peregrinações privadas com acompanhamento pastoral aos fiéis."

As peregrinações privadas são aquelas organizadas pelos fiéis, ou de agências e se especifica que é bom e saudável que sejam acompanhados de sacerdotes. Esta especificação é muito importante, sobretudo para o atendimento de confissões.

4. "Finalmente, todos os peregrinos católicos podem ir a Medjugorje, local de culto mariano onde é possível exprimir-se com todas as formas devocionais."

Vem, nesta última diretriz, a insistência da absoluta liberdade dos peregrinos de irem a Medjugorje, especificando que a Igreja o tem como um .lugar de culto mariano, onde é possível participar da Santa Missa, Confessar-se, fazer a Via-Sacra, a Adoração Eucarística, etc.

Esta, queridos amigos, é a posição oficial da Santa Sé sobre Medjugorje e estas são as suas diretrizes, expressas pelo Cardeal Secretário de Estado do Vaticano e confirmadas pelo Santo Padre em pessoa.

Enquanto exprimimos nossa gratidão, asseguramos a eles a nossa oração à Rainha da Paz, assegurando que da nossa parte a nossa humilde submissão e obediência.


Padre Livio Fanzaga - diretor da Rádio Maria Itália


Texto disponível em italiano no site: www.radiomaria.it

Traduzido por Gabriel Paulino